08/01/2022

NOTA DE REPÚDIO DA IRMANDADE PROGRESSISTA AOS ATOS DE VIOLÊNCIA POLÍTICA E OBSCURANTISMO ANTICIENTÍFICO QUE ATINGIRAM A GRANDE LOJA DA IRLANDA

A Irmandade Progressista, coletivo de Maçons progressistas que compreendem a necessidade de defender os princípios da Maçonaria em tempos de profundo obscurantismo (dentro e fora da Ordem), opondo-se à intransigência, ao sectarismo, à superstição e à ignorância, torna público o seu repúdio ao incêndio criminoso que atingiu a Grande Loja da Irlanda na data de ontem.

Há fortes indícios de que se trata de um ato "político" que partiu, ao menos, de um indivíduo que protestava contra a vacinação no país. É o que corrobora um grafite pichado na calçada externa ao prédio histórico que teve parte de seu acervo destruído.

Em resposta, entre ontem e hoje, Maçons de todo o mundo, sobretudo cientistas, têm feito circular um preciosíssimo documento que lista os Maçons que compuseram, ao longo da história, a Royal Society, e que, unindo-nos a este esforço, aqui divulgamos.

A “Royal Society of London for Improving Natural Knowledge” é uma instituição destinada à promoção do conhecimento científico, fundada em 1660, em Londres e se consolidou como um dos mais importantes organismos de fomento à investigação científica de todo o mundo.

O documento recorda a todos os Maçons que, desde a sua estruturação, a Maçonaria esteve empenhada na defesa da ciência, na luta contra o obscurantismo e pelo bem-estar da humanidade.

Corpos Maçônicos de todo o mundo (nem todos, lamentavelmente) têm agido no combate às "fakenews" (sobretudo dentro da Ordem) e às campanhas de desinformação que apregoam a desobediência às leis sanitárias e, sem embasamento científico algum, tentam desacreditar pesquisas científicas com base em "achismos" e mero senso comum.

Reforçamos a necessidade de sabermos quem foram esses irmãos cientistas que nos antecederam porque temos um compromisso moral e uma obrigação histórica para com eles! Amparados nas ciências é que também cumpriremos o nosso juramento prestado para com a Ordem e para com a humanidade!

No que concerne à realidade brasileira, onde as ciências têm amargado severos desinvestimentos e autoridades públicas têm tentando afirmar a sua irrelevância (preteridas as ciências até mesmo pelo fundamentalismo religioso), é preciso afirmar que os procedimentos científicos não obedecem a plebiscitos, mas à pesquisa teórica e metodologicamente orientada.

Não existe espaço, nas ciências, para a mera opinião e, tampouco, as políticas públicas que das ciências provêm devem incorporar, em seus processos decisórios, posturas e argumentos obscurantistas.

Irmandade Progressista